O diferente que habita o corpo
é repugnado pelos olhos do preconceito
maltratado pelo estigma do sujeito
por ser discrepante da sociedade em geral.
O diferente que habita o corpo
é destruído pela invisibilidade do inimigo
trancafiado a cada surto por ser considerado
um perigo para este mundo incrédulo e desleal.
O diferente que habita o corpo
é culpabilizado pelo ser humano doente
que despreza qualquer estado incoerente
a sua condição biopsicossocial.
O diferente que aqui habita
carrega uma efêmera liberdade
por esta sina da loucura ser considerada
o antagonismo da realidade propagada
pelo ódio e hostilidade da formação
robótica e intolerante da sociedade.
Autoria: Palloma Dornelas
Nenhum comentário:
Postar um comentário