domingo, 12 de julho de 2015

O estranho no ninho


O diferente que habita o corpo
é repugnado pelos olhos do preconceito
maltratado pelo estigma do sujeito
por ser discrepante da sociedade em geral.

O diferente que habita o corpo
é destruído pela invisibilidade do inimigo
trancafiado a cada surto por ser considerado
 um perigo para este mundo incrédulo e desleal.

O diferente que habita o corpo
é culpabilizado pelo ser humano doente
que despreza qualquer estado incoerente
a sua condição biopsicossocial.

O diferente que aqui habita  
carrega uma efêmera liberdade
por esta sina da loucura ser considerada
o antagonismo da realidade propagada
 pelo ódio e hostilidade da formação
 robótica e intolerante da sociedade.

Autoria: Palloma Dornelas



























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