terça-feira, 7 de março de 2017

Podes partir

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Deixar-te-ei partir sem culpa,
sem remorso, sem mágoas e nem volta.
Trilharás outros caminhos agora e,
nesses encontros com o acaso,
surgirão outros abraços,
que se encaixarão bruscamente 
nas tuas mais estranhas imperfeições.

Poderás deixá-los entrelaçados,
transformando duas almas
em apenas um só coração...
Ou, como de costume, 
seguirás solitário,
sem destino e nem preocupado,
se algum dia, desatento ou desastrado,
entregarás tua verdade, teu sorriso 
e tua vontade aos braços
da tua raridade perfeição. 

Autoria: Palloma Dornelas




Labirinto


Me perco em tuas palavras
tão fugaz e atrativas
que me confundem loucamente,
 entre as verdades e mentiras,
refletidas intensamente 
a cada instante quando ditas,
entre o farol dos teus olhos 
e na entonação poética
da tua voz característica.

Me perco em tuas vindas
 sempre tão inusitadas,
se ficarás como dizias
 na afirmação da tua fala,
ou partirás da mesma forma,
imprevisível e inesperada
e, talvez, quem sabe, um dia, 
voltarás sem dizer nada.

Me perco em teus abraços,
no teu beijo e em teu retrato,
me perco a cada instante,
 como um todo ou em pedaços...
me perco sempre que te vejo,
 porquê, não saberia me reencontrar,
sem saber que te perdi da minha vida,
da beleza dos meus dias
e do meu infinito particular.

Autoria: Palloma Dornelas  

quarta-feira, 1 de março de 2017

Falácias de um amor


Nestes encontros que surgem por um acaso, 
há sempre falácias fantasiadas de ilusão. 
De repente, são proferidas as inverdades,
tatuadas a cada verbo que reverberas com emoção.

A cada gesto que também foi ensaiado
tu encantas com ternura o mais nobre coração.
Rapidamente, assim como planejado,
tu consegues alimentar teu desejo e obsessão.

Mas, depois do teatro romântico e calculado,
é hora de partir sem nenhuma explicação.
O desejo é reprimido ao cansaço introjetado
me perdoe, mas te amar, nunca foi a intensão.

Autoria: Palloma Dornelas




segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Inverdades


Embriaguei-me a cada gota de saudade
que deixaste submerso no oceano do teu beijo.
De repente mergulhaste no abismo de inverdades,
carregado nas atrocidades, de encantos e desejos.

Vieste vestido entre tuas extremidades,
sentimentos invadidos da certeza e do medo.
Foste fonte do acaso das tuas próprias crueldades,
consequências corrompidas pelo excesso de ensejo.

Agora que encontraste teus caminhos regulares,
talvez, um pouco tarde, percebeste teus segredos.
Quem sabe tu consegues aproximar do teu acaso,
só o tempo é o conserto para todo entendimento.

Autoria: Palloma Dornelas